quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Adeus


Tenho dado adeus por tempos demais, sem nunca me deixar partir.
Tenho por insistência dito que o augúrio de minha dor é te ver sorrir sem minha causa.
Tenho te culpado por todos os meus erros, tenho errado em todos os argumentos.
Auto comiseração, a pena sempre pende para um lado da moeda.
A pena que vos escreve não mais levanta gotas do tinteiro de minha alma.
Tal qual um rio seco, no qual as pedras sofrem erosão.
Intempéries memoráveis que nunca mais retornarão.
Sanidade me abandona, tal qual sua presença.
Clamo por ti.
Choro por ti.
Meu clamor não tem voz.
Serei eu, meu próprio algoz.
Não diga adeus à minha vida.
Diga adeus aos pedaços de meu ser.
Pedaços que você, meu amado Sol, incandesceu em vapores!