segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Doloris et amoris

Destroça. Troça
Valha-me em palavras, a dor da espada.
Transfixo em lamúria com o fio da navalha.
Alva, tua pele, embromada em sangue.
Sangue que verte aos borbotões.
Vide, minha vitae está abandonando suas aldravas.
Toma minha alma.
Minha essência rubra, verte por ti.
Assim como tua luz, que rebusca, ofusca.
Lusco-fusco.
Te vejo à dormir, um sono etéreo.
Pesado como nossos embates.
Dá-me paz! Necessito de ti!
Cede à minha loucura.
Peço-te; não dê vazão à minha loucura!
Encontra-me, estou dentro de tua morada.
Acalenta-me, minha amada.